A ascensão do Klaxons foi meteórica. Os ingleses apareceram por volta de 2005 e gravaram uma série de compactos em vinil 7" por diferentes selos até chegar a um contrato com a Polydor e ver seu álbum de estréia, o elogiado Myths Of The Near Future de 2007, vender quase 300 mil cópias na Inglaterra. Muito paparicado pelo NME que popularizou o termo New Rave e praticamente o associou ao Klaxons, a banda tem ótimos singles como o frenético debut "Gravity's Rainbow", a macumbeira "Magick" e a doce "Golden Skans". O novo álbum, Surfing The Void, sai dia 23 de Agosto e mostra que eles não mudaram nadinha - o que pode ser bom e ruim. Pra quem curte aqueles vocais dobrados o tempo todo (eu, por exemplo) e a pegada bem enérgica da banda, é legal que eles tenham mantido isso como identidade. Já quem não suporta os instrumentos achatados numa massaroca sonora caótica e distorcida, vai ter motivos de sobra pra detestar várias canções, e encontrar na faixa-título o maior expoente de tal defeito. Honestamente, não acredito muito nos rótulos new rave e dance-punk atribuídos ao Klaxons, a não ser pelo fato dos singles da banda sempre conterem remixes e isso os ligar à uma pista de dança. Ouvindo Surfing The Void assim, cru, não dá pra imaginar essa ponte indie/dance. Há boas músicas aqui, caso do climão épico de "Echoes", momentos de ataque mais moderado ("Valley Of The Calm Trees" e "Twin Flames"), energia canalizada ("Flashover") e psicodelia regada à teclados vintage ("Future Memories"). No final das contas, acho que o problema mesmo é que ouvir Surfing The Void inteiro, cansa. Fora que essa capa do gatinho astronauta é lamentável.
Nota: 6
Pra quem gosta de: Crystal Castles, Hadouken!, New Young Pony Club
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"Echoes":
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