Sinal dos tempos: moleque escocês fica brincando de criar uns sons no laptop, pesca meia dúzia de referências, adota algo que está pegando forte atualmente (inquestionavelmente, o dubstep), lança esse material num debut em disco (Glass Swords) que o incensado Pitchfork joga lá pra estratosfera e pronto: é a bola da vez. Agora, você que manja muito mais de música pop do que eu, me diz: em que uma faixa do Rustie como "All Nite" - cheia de rufos de bateria, vocais robótico/assexuados e distorções - difere de um trabalho tido como farofento e acéfalo como o do Skrillex? Incrível mesmo é que já estão chamando isso de pós-dubstep. E pra piorar as coisas, Glass Swords saiu pela Warp Records - uma gravadora que deve estar fazendo alguma coisa certa pra estar no mercado desde 1989. O que mostra o quanto eu devo estar errado na minha avaliação sobre o trabalho do Rustie. Azar o meu então, não achei nada de especial nesse disco.
"Hover Traps": slaps de contra-baixo mais falsos que nota de 25 reais.
Dubstep está para a música eletrônica como o funk carioca está para MPB.
ResponderExcluir@Daniel: até acredito que boa parte (a maior parte, provavelmente) do que é tido como dubstep hoje já caiu na farofização. No entanto ainda tem coisas que me intrigam no gênero, tipo os discos do Burial. Seu "Untrue" de 2007, por exemplo, é de cair o queixo... Abrasss!
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