Esperar o quê desse cara depois de uma foto dessas? |
Um dos álbuns de dance music mais fuleiros do ano acaba de ser lançado. Trata-se de Disco Crash, do DJ e produtor francês Christophe Le Friant, artisticamente conhecido como Bob Sinclar. Depois de um começo promissor em que Sinclar dividia a autoria do hit de pista "Gym Tonic" com Thomas Bangalter (Daft Punk) ainda em 1998, o DJ foi se aproximando single após single do mainstream até ouvir finalmente as moedas tilintando com o estouro de "Love Generation" de 2005. Daí pra frente, ladeira abaixo.
E o elenco convidado para os vocais ajuda? Nada. Pitbull, Sophie Ellis-Bextor, Snoop Dogg, Sean Paul... todo mundo afim de faturar uns trocados. Que french touch o quê. O lance aqui é Bob diluindo sua house music inofensiva em samples nada inspirados (o riff de sintetizador de "No Limit" do 2 Unlimited em "Tik Tok") ou desperdiçando Sophie Ellis-Bextor na sutil "Fuck With You". E tem mais: Snoop Dogg dando uma chupada no rapper das antigas Tone Loc ("Wild Thing"), "Far L'amore" que parece uma faixa vinda da cabeça picareta do Mister Sam (produtor argentino da Gretchen), a tarantella disco de "Not Gangsta" e o nível de sacarose elevadíssimo de "Rainbow Of Love" e "Life" - daquela leva de canções feitas na medida pra durar um verão (o nosso, por que a Europa a essa altura está com neve até a testa). Bob Sinclar é repetitivo, rasteiro, usa truques baratos e perfumaria high-tech pra seduzir uma manada de adolescentes que vêem nele um semideus bombado das picapes. Sabe o que mais assusta aqui? Todas as doze faixas tem cara de confirmada da Jovem Pan. Será que Disco Crash vai virar um hit singles pack?
"Rock The Boat": picaretagem reconhecível à distância.
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