Rapái, quequié o Four, disco novo do Bloc Party? Suicídio comercial? Nem o primeiro single ("Octopus") tem cheiro de hit. Tem lá seu riff masturbatório de guitarra e uns "uh-uh" nos backing vocais, mas passa longe do apelo de faixas tipo "Banquet" ou "Two More Years". Aceitação popular refletida nas paradas: "Octopus" bateu apenas no número 121 da UK chart no começo de Julho. E isso prova alguma coisa? Absolutamente nada. Já li que Four apenas repete fórmulas passadas, que soa como autoplágio, etc... Buenas, nunca fui um baita fã do Bloc Party, então só lembro de um ou outro hit da banda. Consequentemente, não tenho como ficar comparando esse disco com seus trabalhos anteriores, por que nem lembro se já ouvi algum álbum antigo na íntegra. O resultado? Four soou maravilhosamente pra mim.
Tem peso, caos, tensão, alívio, velocidade, agressividade e guitarras. Muitas guitarras. Ouça "3X3" e me diga se isso não é a cara do Faith No More fase Angel Dust? E aquele solo de "Kettling"? Caberia no repertório do Eddie Van Halen? E mesmo pra quem tem saudade daquele Bloc Party indiezinho e feito pra dançar no seu inferninho preferido, vai encontrar em "V.A.L.I.S" e "Truth" uma ótima trilha pra balançar a franja. A adocicada "Day Four" deve ser o próximo single, mas não sei se isso vai fazer diferença. Pra mim valeu mesmo a ousadia das faixas mais nervosas, as palhetadas bem executadas nas seis cordas e um Kele Okereke cantando bem pra cacete. Foda-se o Pitchfork.
"Octopus": rock à oito braços.
"Octopus": rock à oito braços.
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