Zomby raramente expõe a fuça em aparições públicas ou fotos, o que tanto pode significar uma ação de antimarketing a favor do marketing quanto um lembrete pros seus fãs se concentrarem na música. E o som desse britânico merece atenção.
Seu terceiro álbum, (With Love, bela capa acima) saiu mês passado e flagra Zomby pulverizando suas ideias em 33 faixas que unem-se umas às outras na trombada, numa mixagem propositalmente conflitante.
É como se você passasse uma noite inteira sambando numa discotecagem e colidindo faixas que não tem absolutamente nada em comum, como o garage seco da abertura "As Darkness Falls" chocando-se com a refrescante "Ascension" - que merecia bem mais que seus 59 segundos de duração - ou o techno "This One" batendo de frente com a ambient "Vanishment". E é assim, sem fade out, sem quatro segundos de intervalo, sem o menor pudor de unir músicas tão diferentes a força.
O que não dá pra reclamar desse disco é de falta de diversidade. Zomby ataca em praticamente todas as frentes do underground dance inglês, indo do jungle casca-grossa ("It's Time", "Overdose") até o dubstep mais recente ("Orion", "Digital Smoke"). No caminho, eletrônica lúgubre (na boa linha de baixo de "Isis"), drum'n'bass enlouquecido ("777") e vocais sem sexo definido ("Rendezvous"), tudo pontuado por bumbos que levam as baixas frequências às profundezas.
With Love oferece vários aspectos sonoros, mas mantém uma linha condutora facilmente identificável: suas composições não sentem-se confortáveis à luz do sol (sintomaticamente, é o segundo álbum de Zomby que sai pela 4AD) e funcionam muito melhor no fone de ouvido.
"As Darkness Falls": bleeps hardcore.
É como se você passasse uma noite inteira sambando numa discotecagem e colidindo faixas que não tem absolutamente nada em comum, como o garage seco da abertura "As Darkness Falls" chocando-se com a refrescante "Ascension" - que merecia bem mais que seus 59 segundos de duração - ou o techno "This One" batendo de frente com a ambient "Vanishment". E é assim, sem fade out, sem quatro segundos de intervalo, sem o menor pudor de unir músicas tão diferentes a força.
O que não dá pra reclamar desse disco é de falta de diversidade. Zomby ataca em praticamente todas as frentes do underground dance inglês, indo do jungle casca-grossa ("It's Time", "Overdose") até o dubstep mais recente ("Orion", "Digital Smoke"). No caminho, eletrônica lúgubre (na boa linha de baixo de "Isis"), drum'n'bass enlouquecido ("777") e vocais sem sexo definido ("Rendezvous"), tudo pontuado por bumbos que levam as baixas frequências às profundezas.
With Love oferece vários aspectos sonoros, mas mantém uma linha condutora facilmente identificável: suas composições não sentem-se confortáveis à luz do sol (sintomaticamente, é o segundo álbum de Zomby que sai pela 4AD) e funcionam muito melhor no fone de ouvido.
"As Darkness Falls": bleeps hardcore.
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