Em sinal de desconfiança, meus olhos se espremeram involuntariamente
quando fiquei sabendo desse álbum de remixes do padrinho do
reggae.
A compilação Legend (1984) é o disco de reggae mais bem sucedido comercialmente de todos os tempos. O álbum reaparece agora em versões atualizadas para 2013, então seria natural esperar que os clássicos de Marley fossem transformados em dubsteps fuleiros, ou - pior ainda - house bagaceira. Não foi bem isso que aconteceu, mas o resultado também não é pra acender um pra Jah.
Legend Remixed é bastante irregular. Stephen Marley é a prova viva de que o talento não está no sangue. Ele fuçou em quatro faixas e só não conseguiu estragar "Three Little Birds", porque não alterou muito a estrutura da música. Agora, acelerar os vocais de "No Woman, No Cry" pra encaixá-los numa batidinha xinfrim (que vira um vira um negócio meio Skrillex, logo depois), não tem perdão.
Os melhores resultados são os mais previsíveis na lista de remixadores: "Get Up, Stand Up" foi maravilhosamente envenenada pela dupla Thievery Corporation (muito chegada no som da Ilha), "I Shot The Sheriff" parece ter sido feita na medida pro drum'n'bass nervoso de Roni Size, Photek leva "One Love / People Get Ready" pra uma outra dimensão, e a dance orgânica do RAC (Remix Artist Collective) para "Could You Be Loved" acerta pela economia e eficiência.
Já o Pretty Lights experimentou (e errou) demais com "Exodus", a "Is This Love" de Jason Bentley (chupando a batida de "Plastic Dreams", de Jaydee) peca pela falta de inventividade e a quebradeira esquisofrênica do Beats Antique pra "Satisfy My Soul" talvez seja a pior coisa do disco.
Ziggy Marley escreveu nos créditos que "Nada nunca vai ser melhor do que os originais". Uma obviedade tão desnecessária quanto seu remix sem graça para "Stir It Up".
"Get Up, Stand Up (Thievery Corporation Remix)": requer um ajuste nos graves do seu player.
Legend Remixed é bastante irregular. Stephen Marley é a prova viva de que o talento não está no sangue. Ele fuçou em quatro faixas e só não conseguiu estragar "Three Little Birds", porque não alterou muito a estrutura da música. Agora, acelerar os vocais de "No Woman, No Cry" pra encaixá-los numa batidinha xinfrim (que vira um vira um negócio meio Skrillex, logo depois), não tem perdão.
Os melhores resultados são os mais previsíveis na lista de remixadores: "Get Up, Stand Up" foi maravilhosamente envenenada pela dupla Thievery Corporation (muito chegada no som da Ilha), "I Shot The Sheriff" parece ter sido feita na medida pro drum'n'bass nervoso de Roni Size, Photek leva "One Love / People Get Ready" pra uma outra dimensão, e a dance orgânica do RAC (Remix Artist Collective) para "Could You Be Loved" acerta pela economia e eficiência.
Já o Pretty Lights experimentou (e errou) demais com "Exodus", a "Is This Love" de Jason Bentley (chupando a batida de "Plastic Dreams", de Jaydee) peca pela falta de inventividade e a quebradeira esquisofrênica do Beats Antique pra "Satisfy My Soul" talvez seja a pior coisa do disco.
Ziggy Marley escreveu nos créditos que "Nada nunca vai ser melhor do que os originais". Uma obviedade tão desnecessária quanto seu remix sem graça para "Stir It Up".
"Get Up, Stand Up (Thievery Corporation Remix)": requer um ajuste nos graves do seu player.
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