Zero Cult é o israelense Emil Ilyayev. Prolífico, já registrou sete álbuns desde o início de sua carreira, em 2006 (suas primeiras demos são de 2004). Pop Insanity é o mais recente, lançado no final de Agosto.
O álbum é um surpreendente liquidificador chill out que joga diversos ingredientes em suas onze faixas; da eletrônica épica herdada do Future Sound Of London ("Timesand") até um trance tardio e nem tão inspirado assim ("Poison"). Concentre-se no downtempo, que é onde Ilyayev se dá melhor. Ele dosa a mistura entre beats sintéticos, sintetizadores e instrumentos convencionais com equilíbrio - estes aparecem sempre como um detalhe que faz toda diferença no resultado final: ouça a guitarra desolada da intrigante "Jelakera", o oboé encantador de "Behind The Walls" e até os saxofones de gosto duvidoso em "Distance". Ilyayev ainda tira vários timbres lindos da cartola, como os teclados que duelam com o vocoder em "Robosong" ou com as várias amostras presentes em "Face In The Mirror". De lambuja, a melhor faixa de Pop Insanity, "Stars", traz os vocais macios de Kerensa Stephens entre trompetes sedativos e uma parede de sintetizadores que causam um certo entorpecimento à base das paisagens sonoras construídas por um artista de ambient que não dá sono. Coisa rara.
"Stars": já pro sofá.
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