terça-feira, 17 de setembro de 2013

Em Círculos


O The Field já teve - pra mim, bem claro - momentos de magia concentrada e hipnose pura. A saber, em dois de seus quatro álbuns: From Here We Go Sublime (o debut, de 2007) e a consolidação com o terceiro disco Looping State of Mind, de 2011. Mas acho que agora deu. Disposto a levar minimalismo, drone, compressão, samples e loops às últimas consequências, o sueco Axel Willner fez do seu novo disco Cupid's Head, uma ode à chatice. E haja boa vontade pra atravessar seis looooongas faixas em que o techno do The Field anda cambaleante e em círculos o tempo todo. É de ficar tonto.


Estranhamente, são faixas de bumbo inalteradamente reto (com exceção ao exercício vocal fim da linha de "No. No..."), mas o impacto que elas causam é algo que não supera a vontade de levantar do sofá. Stephen Hawking definiria como "o triunfo da inércia sobre a cinemática".

Tô realmente curioso pra ler uma resenha de alguém que manje do riscado - porque minha opinião é superficial e talvez imediatista - e que se disponha a defender Cupid's Head com argumentos convincentes. Eu não consegui ouvir inteiro duas vezes.

Como não deu pra embedar, dá pra ouvir a faixa título e também primeiro single "Cupid's Head", lá na página da Kompakt no Soundcloud.

Update: a Kompakt liberou o áudio de "Cupid's Head" no Youtube:

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