O The Field já teve - pra mim, bem claro - momentos de magia concentrada
e hipnose pura. A saber, em dois de seus quatro álbuns: From Here We Go Sublime (o debut, de 2007) e a consolidação com o terceiro disco Looping State of Mind,
de 2011. Mas acho que agora deu. Disposto a levar minimalismo, drone,
compressão, samples e loops às últimas consequências, o sueco Axel Willner fez do
seu novo disco Cupid's Head, uma ode à chatice. E haja
boa vontade pra atravessar seis looooongas faixas em que o techno do The
Field anda cambaleante e em círculos o tempo todo. É de ficar tonto.
Estranhamente, são faixas de bumbo inalteradamente reto (com exceção ao exercício vocal fim da linha de "No. No..."), mas o impacto que elas causam é algo que não supera a vontade de levantar do sofá. Stephen Hawking definiria como "o triunfo da inércia sobre a cinemática".
Tô realmente curioso pra ler uma resenha de alguém que manje do riscado - porque minha opinião é superficial e talvez imediatista - e que se disponha a defender Cupid's Head com argumentos convincentes. Eu não consegui ouvir inteiro duas vezes.
Como não deu pra embedar, dá pra ouvir a faixa título e também primeiro single "Cupid's Head", lá na página da Kompakt no Soundcloud.
Update: a Kompakt liberou o áudio de "Cupid's Head" no Youtube:
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