segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Segunda Class: Robbie Williams

 

 Esqueça o cara que se despia até os ossos no vídeo de "Rock DJ": Robbie Williams investe pela segunda vez no seu lado crooner de big band e faz o Sinatra em Swings Both Ways (a primeira foi em Swing When You're Winning, de 2001). São releituras de suas próprias canções, covers arriscados (o monolito "Minnie The Moocher", de 1931, entre eles) e algumas canções novas, tudo preenchido com naipes poderosos de metais, guitarras semi-acústicas e belas sessões de cordas.


Swings Both Ways saiu oficialmente hoje, e flagra Robbie em scats meio desengonçados ("I Wan'na Be Like You"), lindo pop orquestrado ("Go Gentle"), arranjos jazzy ("Dream A Little Dream", com Lily Allen) e pelo menos uma versão de seus (vários) hits que ficou ótima: "Supreme", transformada em "Swing Supreme".

Williams só perde a mão mesmo em "No One Likes A Fat Pop Star", uma faixa que parece trilha dos bocejantes musicais de Andrew Lloyd Webber. 

Já que sua carreira pop não anda lá essas coisas (vide o decepcionante Take the Crown, de 2012), Robbie Williams deve ter visto em Michael Bublé (e o próprio aparece em "Soda Pop") um filão de mercado interessante pra explorar. Se sua voz não tem o charme ou a potência de leviatãs como Bing Crosby ou Dean Martin, pelo menos um requisito ele preenche com folga: a pinta de canastrão.

"Go Gentle", primeiro single do álbum.

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