sexta-feira, 1 de março de 2013

Sexta Feira Bagaceira: Que Fim Levou Robin?

 

O Que Fim Levou Robin? foi um projeto idealizado pelo DJ Mauro Borges, no começo dos 90. A dance music brasileira engatinhava nessa época. Tínhamos alguns discos de rap aparecendo, Fernanda Abreu... e o que mais? O grupo (formado ainda pelo DJ Renato Lopes e a promoter Bebete Indarte) foi provavelmente o precursor da cena por aqui. Ganhou boa exposição na mídia, especialmente pela finada revista Bizz, que escolheu - pela votação da crítica - a faixa "Aqui Não Tem Chanel" como a melhor de 1990. Na TV não foi diferente - seu disco de estréia Aqui Não Tem Chanel foi lançado pouco tempo depois da MTV ter aberto as transmissões no Brasil, no final de 1990. Lembro de uma entrevista no Jô Soares, inclusive. O álbum saiu pela WEA, em 1991. Produzido por Dudu Marote (Skank, Pato Fu), traz soluções criativas para a tecnologia que se dispunha numa época em que o sampler era algo familiar a pouquíssima gente. Alguns semi-hits brotaram, como a house-batucada da faixa-título, a ítalo-disco "Que Fim Levou Robin?", e um cover para "Dancin' Days" das Frenéticas (que sampleia Cid Moreira na introdução!). Outra curiosidade do álbum é a ousadia da bossa eletrônica "Objeto de Uso Pessoal". Minha preferida sempre foi "Tia". Talvez porque uma FM local martelou isso direto durante um bom tempo e grudou a faixa em algum canto do meu cérebro. "Tia" tem o definidor trecho "garotos não são mais garotos, garotas não são o que são". É Mauro Borges, teu refrão está mais atual do que nunca.

"Tia": divertidíssima.

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