quinta-feira, 18 de abril de 2013

Ambiente-se


Curte sons de vento na planície? Cascatas de sintetizadores que te fazem imaginar o céu azul infinito desse mundão de meu Deus? Efeitos que soam como uma floresta equatorial onde criaturas pulam de um lado para outro do fone de ouvido? Então temos três lançamentos que foram feitos pra você. E no caldeirão étnico desta world music contemporânea ferve downtempo, ambient house, leftfield, dub techno...

Banco de Gaia > Apollo


O britânico Toby Marks começou sua carreira tocando bateria numa banda de heavy metal até descobrir o sampler em 1989 e enveredar pelo mundo dos bits. Apollo é seu nono álbum e vai de cânticos um tanto assustadores ("Lamentations", "Acquiescence"), passa por techno de linhagem germânica ("Eternal Sunshine") e aterrissa na placidez oriental de faixas belíssimas como "For Such A Time" e "All Sleeping".

A incrível "For Such A Time", do Banco de Gaia:




Deep Forest > Deep Africa
  


O Deep Forest é um projeto de dois músicos franceses, Michel Sanchez e Eric Mouquet. Na cola do sucesso do Enigma, estourou em 1992 com o single "Sweet Lullaby" (mais de um milhão de cópias vendidas). Seus álbuns seguintes mantiveram as altas cifras, apesar do cheiro de picaretagem no ar. Acabaram de lançar Deep Africa, numa série que explora sons locais (já saíram Deep Brasil e Deep India). Em alguns momentos, o instrumental aproxima-se da dance genérica (techno em "Yelele", dubstep em "Dub Africa"), mas no geral esses vocais ininteligíveis cantados em sabe-se lá quais dialetos compensam as escorregadas.

Momento de extrema beleza: "Wasis".




Locust > You'll Be Safe Forever


Musicalmente, Mark Van Hoen descende de pioneiros dos 70 como Klaus Schulze e Jean-Michel Jarre, apesar de ter lançado seu primeiro disco somente em 1993. You'll Be Safe Forever é seu primeiro álbum em 12 anos. O disco passeia por vocais abstratos e beats pesados ("Strobes", "Just Want You"), timbres nostálgicos ("The Worn Gift"), serenidade progressiva ("Remember") e tensão pura (a enigmática "Corporal Genesis"). É o mais cabeçudo dos três, mas dá pra ouvir sem muito esforço.

"Strobes": vocais misteriosos.


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