quinta-feira, 19 de junho de 2014

Dez Perguntas Para... Regis Tadeu


Regis Tadeu é crítico musical, produtor, apresentador de programas de rádio, jurado do Programa Raul Gil (também já atuou como crítico no programa Superpop), mantém um blog no site Yahoo! e ainda tem uma vasta coleção de LPs (aproximadamente 14.000) e CDs (cerca de 23.000). Regis entrou para o jornalismo musical a convite da revista Cover Guitarra, em 1994 e já foi diretor de redação das revistas Cover Baixo, Batera, Teclado & Áudio e Mosh. Um currículo pra lá de respeitável e um crítico que não pensa duas vezes antes de soltar o verbo. Seja pra quem for.

1) Com o pop nacional dominado por artistas dignos de vergonha alheia, podemos jogar a toalha ou há esperança de dias melhores?
Sempre há a esperança de melhoras, mas antes é preciso mudar a mentalidade do público. Aí é que a coisa se torna bem difícil...

2) O Regis Tadeu de programas de auditório como o de Raul Gil é o mesmo que apresenta o Rock Brazuca (pela Rádio USP FM), ou na TV é preciso exagerar em alguns aspectos pra criar o estereótipo do crítico ranzinza, odiado pela plateia?

Sim. É o mesmo. Não faço “personagens”. Sou o que sou.

3) A crítica musical de hoje no Brasil é confiável, ou a prática da brodagem e f
avoritismo ainda é comum?

Infelizmente, ainda há muita “brodagem” e interesses excusos por trás de certas críticas.

4) Quais novos artistas, artística e comercialmente, estão prontos pra estourar atualmente no Brasil?
Para “estourar”? Ninguém.

5) Como foi tua experiência editorial com a extinta revista Mosh?
Foi maravilhosa. A revista era como uma filha para mim. Durou pouco por conta de exigências do mercado publicitário, que exigia que triplicássemos a tiragem para conseguir manter os anunciantes de marcas famosas das primeiras edições. A editora não tinha cacife financeiro para isto e a publicação morreu.

6) Porque revistas de música no Brasil não costumam ter vida longa?
Porque elas são dependentes das vontades do mercado publicitário. Nenhuma revista se sustenta apenas com as vendas em bancas.

7) Quando tu escreves uma crítica, o que tu levas mais em consideração: gosto pessoal ou conhecimento da obra do artista?
Ambos.

8) Tu chegaste a repensar tua maneira de escrever ou se comportar depois do episódio Manowar (vídeo abaixo)?



Claro que não! Pelo contrário! Mostrou que eu estou no caminho certo.

9) Qual foi tua reação quando a Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados aprovou ano passado (por unanimidade), o parecer do deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) pela aprovação do Projeto de Lei de autoria do deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), que reconhece o funk carioca como manifestação cultural e determina que o poder público garanta as condições para a democratização da sua produção e veiculação musical?

Que mais uma vez os nossos políticos se preocupam mais em “jogar para a galera” em busca de votos e não dão a menor bola para os reais problemas deste País.

10) O que é mais difícil: fazer um tratamento de canal (Regis é formado em Odontologia) ou escutar o Top 10 da Billboard Brasil?


É infinitamente mais difícil ouvir o Top 10 de qualquer “parada de sucessos” no Brasil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Spam, get outta here!