Tá lá no site da Vinyl Factory: "Originalmente encomendado pelo Beaux Arts Palais de Lille para o projeto Museu Aberto, que acontece neste verão, Music for Museum é o primeiro disco do Air desde 2012. É também a primeira trilha sonora de um museu."
E é isso. Feito sob encomenda (a tiragem é de mil cópias em vinil, sem lançamento digital), fico em dúvida em considerar Music for Museum um álbum, como se diz, de carreira. A certeza que tenho é de que este é um momento menor na discografia de Jean-Benoît Dunckel e Nicolas Godin. A explicação é simples: pra quem, como eu, não tiver o prazer de presenciar a experiência audiovisual proposta pelo museu, ouvir tão somente o disco pode soar insípido. A sonoridade lânguida e a placidez atmosférica perpetrada pela dupla não me envolveu - nem me deixou inebriado, como sugere a apresentação da Vinyl Factory. São faixas longas e fluidas, com ausência quase total de batidas e timbres etéreos ("Reverse Bubble", "Angel Palace"). O disco vai assim até a quarta faixa, e somente na seguinte, "Art Tatoo", quando ameaça despertar com uma profusão de arpejos de sintetizador, a ideia esgota-se em sua própria extensão: quinze cansativos minutos. De interessante, o clima sci-fi de "Octogum", as formas circulares de "Vulcano Kiss" e os reversos assustadores de "North Cloud". Haverá, com certeza, ouvintes muito mais atentos às qualidades do projeto, mas confesso não ter essa sensibilidade toda. Não que seja elitista, mas Music for Museum é um disco para poucos.
"Land Me":
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