Já ouviu Biophilia, o novo projeto de Björk? Sim, porque aqui a coisa estrapola o limite do "disco", como nós conhecíamos até hoje. As faixas de "Biophilia" virão - além do formato físico em CD - na forma de aplicativos para iPad e inclusive foram, em parte, gravadas no tablet da empresa de Steve Jobs. A parceria com a Apple renderá jogos interativos e músicas remixáveis para quem se dispor a pagar por cada uma delas.
Já Biophilia, o disco... complicado, viu? Ela continua inquestionavelmente cantando tão bem - ou melhor - do que aquela Björk do Sugarcubes que fez de "Birthday" uma obra-prima (em "Crystalline"), há momentos de delicadeza e sensibilidade de fazer diminuir a pulsação do mais vândalo dos Hooligans ("Virus" é um bom exemplo) e há uns ataques de tambores de video-game bem nervosos ("Mutual Core"), mas no geral, temo não ter entendido o álbum. Ou porque tenho um bode tremendo de projetos como esse, que nascem com o carimbo de Grande Arte na capa; ou porque não tenho a sensibilidade necessária para compreender parte da obra solo de Björk; ou porque não tenho - nem pretendo ter - um iPad pra tornar essa experiência completa. Na dúvida, fico com os três motivos.
"Crystalline": Michel Gondry criativo como sempre.
"Crystalline": Michel Gondry criativo como sempre.
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