quinta-feira, 15 de maio de 2014

Banco de Reservas


Gold Zebra é o Chromatics da semana. Enquanto o titular não volta com o sucessor do incensado Kill For Love (2012), o duo canadense acaba de estrear com um álbum autointitulado pela gravadora Visage Musique (mas poderia ser pela Italians Do It Better).

O disco não é lá muito animador, o que pode ser motivo de salivação pra galera da camiseta do Unknown Pleasures. Nem tão excêntrico quanto o Glass Candy nem tão New Order quanto o Chromatics, o Gold Zebra é eletrônico (no sentido synthpop do termo) e enxuto. O tecladista JP Richard abusa de notas com tons menores (o que, obviamente, deixa o disco com o tempo nublado em todas as dez faixas) e não sai do esquema italo-disco das baterias (bumbo-caixa-bumbo-caixa). Sintetizadores lúgubres embasando as composições, algumas letras cantadas invariavelmente com um abatimento blasé pela misteriosa vocalista Julie, lembram os poemas lamentáveis redigidos por análise combinatória que escrevi pra um trabalho de Literatura, no primeiro ano do ensino médio. Sente o dramalhão de "When Words Fail": "I'm on my own / I feel this way / I'm all alone / it's all the same / the shadow wings fading away / I feel so strong / now I'm move on". Uh, que triste.

"Love, French, Better": bilíngue.

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