Trashy, bobinhos e sem o menor pudor de pagar micos gigantescos (especialmente nos vídeos), os membros da banda (oi?) dinamarquesa Aqua mais parecem personagens de desenho animado. Na real, é meio isso, mesmo. O eurodance de vocais infantilóides da delícia Lene Nystrøm (Morten Harket, do A-ha, pegou e depois tomou um pé na bunda) é pop chiclete, divertido e altamente descartável - tanto quanto eram as primeiras produções de Phil Spector (Teddy Bears, Bob B. Soxx). Devaneio? Compare: a mesma bobajada açucarada, os mesmos joguinhos de vocais de casalzinho, os mesmos refrões repetidos ad infinitum, o instrumental qualquer nota...
"Barbie Girl" ultrapassa meu limite pessoal de cafonice, mas "Doctor Jones", "My Oh My", a baladinha adulta (pros padrões do Aqua) "Turn Back Time" (trilha do filme De Caso com o Acaso, de 1998, com Gwyneth Paltrow) e, especialmente, "Lollipop (Candyman)", eu ouço sem culpa. "Lollipop", aliás, é uma pérola: versa coisas como "eu gostaria que você fosse meu pirulito" (ops) e "morda-me, eu sou seu, se você estiver com fome" no mais ambíguo dos sentidos, enquanto um pianinho safado gruda - mesmo a contragosto - no cérebro.
Imensamente popular na segunda metade dos 90, o Aqua deu um tempo em 2001, mas retornou em 2007 e lançou o terceiro disco em 2011, uma tentativa de adultização do seu pop no flopado Megalomania. Aquele Aqua de 1997 rendeu boas risadas. E a Lene, hmmm...
"Lollipop (Candyman)": impagável.
Imensamente popular na segunda metade dos 90, o Aqua deu um tempo em 2001, mas retornou em 2007 e lançou o terceiro disco em 2011, uma tentativa de adultização do seu pop no flopado Megalomania. Aquele Aqua de 1997 rendeu boas risadas. E a Lene, hmmm...
"Lollipop (Candyman)": impagável.
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