Parta do princípio de que, se conheci esse ano, é uma cara nova (pra mim, ao menos). Porque o Kite - duo synthpop sueco formado por Nicklas Stenemo e Christian Berg - está na ativa desde 2008 e Kite VI já é o (dããã) sexto EP da dupla. Definido por publicações suecas e alemãs como um mix de Vangelis e Kraftwerk, VI tem todos os requisitos básicos de um (mini) álbum de technopop: épico, enegrecido, radicalmente eletrônico, dominado por um clima de isolamento e uma certa frieza emocional. Some a isso os particularíssimos vocais de Nicklas Stenemo - o nível de dramaticidade bate no vermelho - e os sintetizadores congelantes de Christian Berg e voilà: temos uma banda convincente e com bom potencial para agradar os fãs do gênero.
A melhor de Kite VI é a abertura soturna "Up For Life", embora ela seja estendida (desnecessariamente) até o dobro da duração que deveria. Uma radio edit pode limar a segunda metade que sobra. Fora isso, menção honrosa para o bom trabalho das maquininhas de Berg em "Count The Days" e os vocais sofridos de Stenemo no darkismo explícito (a despeito do título) de "True Colors".
O que não funciona é o ritmo pretensamente dançante (dá pra sacar que essa não é a praia do duo) em "It's Ours" e os exageros dos efeitos de voz em "Nocturne". Precisa não, Kite, o cara já tem um filtro natural na garganta. Kite VI é bom. Aparando algumas arestas aqui e ali, um Kite VII pode vir melhor ainda.
"Up For Life": promessa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Spam, get outta here!