segunda-feira, 25 de maio de 2015

Caras Novas: Vök


Terra pródiga em bandas legais a Islândia. Vök é mais uma pra lista. Tem só dois anos e acaba de lançar Circles, o segundo EP (o primeiro, Tension, é de 2013), pela pequenina gravadora independente Record Records, sediada na capital Reykjavík. O som do trio formado por Margrét Rán (vocais, guitarra, teclados), Andri Már (saxofone, Akai APC) e Ólafur Alexander (guitarra, baixo) é um electropop em câmera lenta, com paisagens construídas por sintetizadores tão congelantes quanto um dia de noite absoluta no inverno do Círculo Polar Ártico. Um tempo atrás dava pra chamar de trip-hop que ninguém iria brigar.

Um dos trunfos do grupo da terra de Björk é a vocalista Margrét Rán. Canta muito. Mostra um controle invejável ao sussurrar e subir de tom muito rápido no curto espaço de uma tomada de fôlego ("If I Was"), fragilidade e potência ("Waterfall") e com a voz encharcada de reverb, bota um pé num dream pop que não dá sono ("Circles").

Com saxofones afiados atravessando o downtempo "Adrift", o Vök fecha com quatro faixas um EP que merece os 17 minutos da sua atenção. É mais ou menos o que o The Knife já fez bem - antes da dupla sueca lacrar sua trajetória com o pedante Shaking the Habitual (2013), ou seja, é um nicho que tá caindo de maduro pro Vök aproveitar. Potencial tem de sobra.

"Waterfall": a próxima grande banda islandesa?

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