quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Numanóide


Que tal o Gary Numan versão 2011? Aos 53 anos, Gary Anthony James Webb (ou o vovô do pop tecnológico) deu um tapa na peruca e lançou Dead Son Rising em Setembro, cinco anos após seu último álbum.


Os cabelos podem não estar iguais aos de 1979, quando Numan mandava aquele olhar pro infinito no vídeo da clássica "Cars", mas a voz continua a mesma. O disco pega pesado em timbres grandiloqüentes de sintetizadores e guitarras com padrão Megadeth de distorção ("When The Sky Bleeds, He Will Come"), traz a habitual temática sci-fi em "Dead Sun Rising" e desnuda Numan ao piano com a gélida "Not The Love We Dream Of". O cantor mergulha fundo num experimentalismo orientalizante em "We Are The Lost" regida por uma batida ritualista e vocais assustadores, mas cai de quatro sob um violão monocórdico e synths deformados na gótica "For The Rest Of My Life". "The Fall" teve minha simpatia instantânea com sua bateria espancada, refrão messiânico e levada dançante. Percebendo aí um hit de pista em potencial, a faixa ganhou um vinil com três remixes na Super Deluxe Edition do disco. Bom trabalho, Sir Numan.

"The Fall": ator canastrão, cantor exímio.




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