Mike Paradinas tem tudo pra se tornar o Kenny G do IDM. Depois de
seis anos sem gravar como U-Ziq, o britânico retoma o projeto com o recém
lançado Chewed Corners.
Sintetizadores trance, baterias comportadas, melodias fofinhas, timbres amigáveis...
OK, nem tudo no álbum é essa groselha toda. "Christ Dust", por exemplo, tem um arpejo que aparece como um helicóptero atravessando a música. "Monyth" carrega na tensão, "Tickly Flanks" exagera nos rufos de percussão e "Wipe" tem um synth meio derretido.
Em compensação, "Smooch" é ambient com coros Mellotron, "Houzz 10" é techno diluído e "Feeble Minded" exibe synths que parecem ter saído de um disco do Jean-Michel Jarre de 1984.
Pô, quando os caras curram a eletrônica e entregam uns monstrengos tipo o último do Autechre, nego reclama. Quando o cidadão facilita as coisas pro ouvido, reclama também? Nada disso. Não tô reclamando. Gostei muito de Chewed Corners. Só não espere ouvir algo como o drill'n'bass alucinado de Lunatic Harness (1997), que não vai rolar nesse álbum.
Mike Paradinas vir com um disco tão gostoso de ouvir também é uma forma de esquisitice.
"Mountain Island Boner": Paradinas in love.
Mike Paradinas vir com um disco tão gostoso de ouvir também é uma forma de esquisitice.
"Mountain Island Boner": Paradinas in love.
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