Estranho esse fenômeno: o dubstep nasceu na Inglaterra, chegou ao mainstream americano com o californiano Skrillex na linha de frente e agora discos ingleses parecem uma cópia da cópia...
O britânico Gary McCann está nessa onda desde 2003, já lançou uma lista telefônica de singles, remixou gente do primeiro escalão (Depeche Mode), gente metida a besta (30 Seconds To Mars, Swedish House Mafia) e promessas que não saíram do papel (Miike Snow). Seu recém-lançado segundo álbum Alpha Omega lembra demais as produções de Skrillex, em vários momentos. Na fusão de gosto duvidoso com as baterias e guitarras heavy metal ("War", com Keith Flint nos vocais) e na aproximação com o reggae (na razoável "Let The Rush Kick In"), fica bem evidente. A faixa-título com seu clima sombrio e coral celestial cria uma boa espectativa já na abertura, mas ao longo do disco, Caspa vai mostrando um ecletismo um tanto vazio que não tira seu som do lugar-comum. Ele vai atirando para todos os lados, com canções que não ficam nada a dever ao trance mais fuleiro de um Armin van Buuren ("If They Knew What I Know"), rave feelings com os pianos ítalo de "Reach For The Sky", eletrônica estéril na horrenda "Techno Terry" e ainda mira o Top 10 com os sintetizadores mansinhos e os vocais pop de Ayah Marar na melosa "One By One". Se depender dele, o dubstep caminha firme rumo à estagnação.
"Alpha Omega": solene.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Spam, get outta here!