Se você nunca ouviu falar, vale a pena conhecer: o sueco Jäje Johanson apareceu no meio dos 90 com um punhado de canções dolorosamente românticas envoltas num adverso clima em preto e branco; nublado, desesperançado. Não é à toa que Jay-Jay aparece na capa de seu terceiro disco (Poison, 2000) com um corvo ao seu lado. Seu vocal límpido inclina-se para o jazz no fundo do poço de Bing Crosby, elegante, mas à centímetros da suntuosidade ("So Tell The Girls That I Am Back In Town"). Felizmente, ele nunca ultrapassou essa linha. Não que eu tenha ouvido. Best of 1996-2013 cobre os singles do cantor, do início da carreira até agora. Na coletânea, percebe-se que Johanson fica à vontade em meio à rocks sujinhos e distorcidos ("Keep It A Secret"), house ("Because Of You"), jazz ("Dilemma") e pop ("Paris"), mas é a tag trip-hop que mais carimbou seu trabalho (a melhor da leva é a sensacional corta-pulsos "Believe In Us"). O saldo positivo é que suas canções tem a mesma intensidade e carga emocional, esteja ele acompanhado apenas de um piano (como na linda "On The Other Side") ou da complexidade das batidas do drum'n'bass ("She's Mine But I'm Not Hers"). Não perca.
"Believe In Us": fossa nova.
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