domingo, 2 de junho de 2013

Eles Continuam Odiando Jazz

 
Quando vi que o Johnny Hates Jazz lançou disco novo - 22 anos de silêncio depois - não resisti. Baixei na hora e... peraí! Não fecha a página! Sério. Isso pode ser legal (acho).

Que banda é essa?
Primeiro: "Shattered Dreams" é legal, vai. É, de fato, o single de estréia do grupo, de 1987, hitaço. Pop sofisticado e cafona ao mesmo tempo, daquelas faixas que todo mundo odeia dizer que gosta. OK, acho que ninguém lembra de mais alguma coisa relevante deles, mas one hit wonders tem meu respeito. 

Segundo: quer dois bons argumentos pra não mandar o Johnny pro inferno (sem ao menos ouvir antes)? Lá vai: o grupo já contou com Phil Thornalley na formação (multi-instrumentista de uma das inúmeras formações do inatacável The Cure). Rá. Boa, hein? Outra: Anne Dudley (produtora e compositora pra lá de talentosa, cofundadora do Art Of Noise) já trabalhou com a banda. São dela os arranjos de Turn Back The Clock, debut de 10 faixas dos ingleses.


 E o que tem de bom em Magnetized, terceiro álbum do Johnny Hates Jazz?
Olha, não é muita coisa, mas o que tem de espetacular em álbuns pop hoje em dia? O Johnny tá na média, com a vantagem de direcionar seu som pra quem não tem paciência com ídolos teen. A dica é: esqueça as baladas melosas (não vai sobrar quase nada, eu sei) e marque as faixas, hãããã, mais animadas. Elas são garantia de ótima trilha pra cozinhar um macarrão pros amigos. O single "Magnetized" é uma belezinha, por exemplo. Tudo no lugar certo: estrofe, refrão, teclados, batida dançante. Menos de quatro minutos de pop na medida pro airplay adulto-contemporâneo (alô, Antena 1!). "You Belong To You" tem aquelas guitarrinhas inofensivas de metal farofa, "Release You" e "Nevermore" não fariam feio no catálogo do Toto e "Lighthouse" vem direto dos 80 com os infalíveis "ôôô-ôôô" apoiando o refrão. Menção honrosa para o bom soft rock jazzístico (mas o Johnny não odeia jazz?) "Goodbye Sweet Yesterday". 

Clark Datchler (vocais, teclados) e Mike Nocito (baixo, guitarra) fizeram de Magnetized um álbum pop que não tem nenhuma outra intenção que não seja distrair o ouvinte. E, pelo menos na metade dos 46 minutos de duração, consegue.

"Magnetized": pop inofensivo.


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