Tá que não é nenhuma maravilha de inovação e criatividade, mas Ian Pooley trabalha direitinho. Seu mais recente álbum, What I Do, saiu no começo do ano e mostra um produtor experiente (Pooley grava desde o meio dos 90), que sabe usar bem o estúdio, com arranjos competentes e eficiência nos grooves e batidas.
Exemplos no disco não faltam. A refrescante "Bring Me Up" - com seu baixo cavalar e a voz sossegada de Dominique Keegan - é um bom começo. A divertida "Kids Play" evidencia que vocais infantis são infalíveis mesmo (pense em "Get A Life", do Soul II Soul e "D.A.N.C.E.", do Justice). Pooley mostra criatividade nas programações de bateria com a exuberância de "1983" (vocal de Högni Egilsson, do Gus Gus) e "What U Love" (com uma bela sessão de cordas sintetizadas). Uma pincelada com tintas escuras em "I Should Be Sleeping", inserções jazzy ("Over") e alguns detalhes que não passam despercebidos (as slapadas de baixo fazem toda diferença na faixa título), e What I Do fica tranquilamente acima da média vigente, num 2013 de poucos álbuns dance dignos de nota.
"1983": leva pouco tempo pra viajar dos quadris ao cérebro.
"1983": leva pouco tempo pra viajar dos quadris ao cérebro.
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