O Dubstar - como o nome parece sugerir - não é uma banda de dub reggae. As investidas do trio de Newcastle consistem num synth bem pop, sonhador e melancólico. Prova disso foi seu maior hit, o single "Stars", lançado em 1995. Pra deixar bem clara a incômoda pecha de one hit wonder, uma compilação dos hits do grupo, de 2004, foi convenientemente chamada de Stars: The Best of Dubstar.
Em meados de 2002, a vocalista do grupo, Sarah Blackwood, abandonou o Dubstar pra montar junto com Kate Holmes o projeto Client. A dupla já lançou quatro álbuns e, acaba de soltar o quinto (Authority). O som do Client é mais ou menos o que se transformou o Ladytron dos últimos discos: pop eletrônico tecnicamente correto, bem produzido; mas sem brilho, sem boas canções pra fazer a diferença.
O Dubstar continua na ativa, e segundo Blackwood, vem disco novo por aí. Se conseguirem reeditar qualquer coisa parecida com o diamante "Stars", tá valendo. Produzida por um dos caras que ajudou a definir o technopop inglês dos 80 (o americano Stephen Hague), a faixa estourou numa época em que o mundo ainda estava se refazendo do susto causado por Dummy, do Portishead, e qualquer coisa com andamento lento, beats de rap e um clima dolorosamente bonito como o dessa música, levava o carimbo de trip-hop na hora. Um momento e tanto.
"Stars": dream pop.
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