De onde menos se espera, daí é que não sai nada. Mentira. As fotos da italiana Tying Tiffany disponíveis na rede são pra deixar o desconfiômetro na luz amarela e poderiam sugerir música em segundo plano, mas Drop, seu quinto álbum, vai bem além de poses estilosas para as lentes.
O que artistas como Tiffany sacaram, é que o gótico é um filão inesgotável. Enquanto houver gente que cultiva o desencanto, a predileção pelo preto, Tim Burton, Drácula e Edgar Allan Poe, vai ter mercado na música pros tons menores, batidas fúnebres e estética do desespero.
E Drop surpreende. Quase tudo nas dez faixas do disco é encoberto por um manto pesado de sintetizadores lúgubres, da abertura "One Place" até o encerramento "Dissolve". No meio disso, pequenos fragmentos de funk ("One Second"), hip-house ("Neon Paradise"), rap meio desajeitado ("One Girl"), synthpop ("No Way Out"), momentos de desolação pura ("One End") e delicadas ambiências sintéticas ("Deep Blue River").
A mistura parece, mas não é indigesta. Tiffany amarrou tudo direitinho (ela toca, compõe e canta), de maneira pessoal, mas acessível - como em "A Lone Boy", a melhor faixa do álbum. Mesmo com as estrofes aflitivas ("Everyone I love dies / Everyone I know cries") e teclados ameaçadores que vão sufocando sua voz, o alívio vem no refrão, com uma luz de otimismo finalmente aparecendo ("I'll find a way", repetido à exaustão). No final das contas, o caminho escuro percorrido por Tiffany encontra, ao menos, um pouco de oxigênio no final.
E Drop surpreende. Quase tudo nas dez faixas do disco é encoberto por um manto pesado de sintetizadores lúgubres, da abertura "One Place" até o encerramento "Dissolve". No meio disso, pequenos fragmentos de funk ("One Second"), hip-house ("Neon Paradise"), rap meio desajeitado ("One Girl"), synthpop ("No Way Out"), momentos de desolação pura ("One End") e delicadas ambiências sintéticas ("Deep Blue River").
A mistura parece, mas não é indigesta. Tiffany amarrou tudo direitinho (ela toca, compõe e canta), de maneira pessoal, mas acessível - como em "A Lone Boy", a melhor faixa do álbum. Mesmo com as estrofes aflitivas ("Everyone I love dies / Everyone I know cries") e teclados ameaçadores que vão sufocando sua voz, o alívio vem no refrão, com uma luz de otimismo finalmente aparecendo ("I'll find a way", repetido à exaustão). No final das contas, o caminho escuro percorrido por Tiffany encontra, ao menos, um pouco de oxigênio no final.
"A Lone Boy": dark classudo.
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