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domingo, 22 de setembro de 2013

If We Took A Holiday


Verão no Hemisfério Sul chegando, candidatas a hit aparecendo.


"On Holiday" é o novo single do trio de Chicago Hey Champ (disponível pra download na página da banda no Soundcloud). Synthpop com alto grau de dançabilidade, tempero tropical e vocais sussurrados pela gracinha Leslie Beukelman. Boto fé.

"On Holiday": It would be, it would be so nice...

domingo, 16 de dezembro de 2012

Capim-limão


Roland Voss começou na quebradeira jazzy do drum'n'bass (no debut Drumatic Universe, de 1998), mas hoje seu som é um confortável tech house digno de figurar na compilação Café Del Mar.

Em Gloriette - seu novo EP - as seis faixas são altamente dançáveis, mas com esse calor... melhor curtir numa espreguiçadeira. O chill house de Voss é 4x4, mas por cima dele planam pianos elétricos Wurlitzer, vocais sussurrados pela russa Jane Maximova, synths aconchegantes, bleeps discretos, violões dedilhados. Eu até descreveria com mais detalhes esse EP, mas, opa, tá chegando meu drink, então você vai ter que se virar.

"Reinvented Me": vai mais um Bloody Mary aí?

terça-feira, 20 de novembro de 2012

O Eterno Verão do Reggae

 
Este vai ser o verão do reggae. Você sabe. Calor, cerveja, praia, as gurias de biquíni. Que trilha melhor do que as boas vibrações, os ritmos tranqüilos, os vocais sossegados e as levadas preguiçosas do reggae?

 
OK, infelizmente é mentira. A cada fim de ano que se aproxima eu começo a pensar que esse gênero podia impregnar os três meses escaldantes que se aproximam. Mas não. Fora Kingston e São Luís, este não vai ser o verão do reggae. Pro resto de nós, vai ser o verão de alguma coreografia ridícula e digna de riso, criada por algum grupo de axé, ou pior, de funk carioca. Vai ser uma dança certamente erotizada que vai sugerir que você sente ali, desça aqui, vire do avesso lá, e se der tempo, dê uma chupadinha em alguma coisa, lamba outra, enfim. Tudo com letras explícitas cheirando a pornografia barata. Aqui no Brasil é assim, fazer o quê? Bom, você pode pelo menos não ser cúmplice dessa chinelagem toda. Sugiro o novo álbum de Beres Hammond como primeira medida. Este respeitável senhor de 57 anos - 40 deles dedicados ao gênero - acaba de lançar seu décimo nono disco de inéditas. São 20 canções que emanam os aromas suaves da fatia romântica do reggae, o lovers rock (sua especialidade), impulsionadas pelo voz de Hammond, puro soul. São levadas irrestíveis ("In My Arms"), refrãos ganchudos ("Lonely Fellow"), convites à dança ("Keep Me Warm"), ska em slow motion ("Don't You Feel Like Dancing"); pra ficar só em 20% do álbum. O resto você vai ter que descobrir. E vale muito a pena.

"In My Arms": Beres canta macio. 



sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Pop Mignon

 
Susanna Hoffs sempre foi minha Bangle preferida. Pequenininha, lábios generosos, e segurando aquela Rickenbacker... nossa. Ah sim, e ela canta bem, quase esqueço.
 

  Ela lançou há pouco, de forma independente e digital, um EP que é um docinho pop. Mais ou menos como ela. Some Summer Days tem cinco canções tipo fogueira e violão, juntando folk e country com melodias bubblegum num fim de tarde praieiro. Título mais do que apropriado.

"Raining": lenha na fogueira.

domingo, 6 de novembro de 2011

Música Para Não Ouvir No Verão

 Daqui a pouco é verão no Hemisfério Sul. Três meses de bermudas, biquinis, praia, sol e Ivete Sangalo. Putz, Ivete Sangalo? Há mais de dez anos que a cantora toma conta do campinho nessa época aqui no Brasil, existe distância segura para se proteger desse furacão baiano? Não, não tem. Mas eu não preciso ser cúmplice. Aliás, alguns lançamentos recentes também não se encaixam a algo próximo de um verão perfeito, musicalmente falando. Ei-los:



Artista: Ladytron

O quarteto de Liverpool soltou em Setembro seu quinto álbum, Gravity The Seducer. O synthpop épico tramado pela banda no disco tem várias camadas de gelo... digo, de sintetizadores com timbres mal-humorados (uma faixa chama-se sintomaticamente "Melting Ice", vai vendo) e alguns dos temas instrumentais mais populares na Groenlândia atualmente. Excessivamente melancólico, Gravity The Seducer não tem a menor chance de funcionar naquele seu surrado ghetto blaster na beira d'água.

Fator local: ouça o disco quando visitar Yakutsk, na Sibéria.
Fator de proteção sonar: 30 (médio).

"White Elephant": não, não é cor-de-rosa. É branco.




Artista: Zola Jesus

Apesar do nome, Nika Roza Danilova nasceu em Phoenix, Arizona. Conatus (lançado em Setembro) é o terceiro álbum da moça usando o alter ego Zola Jesus e traz 11 faixas de eletrônica experimental num cruzamento aproximado entre Joy Division e Siouxsie & The Banshees. O disco condensa rock gótico e synthpop, mas é o trabalho vocal inegavelmente bem feito de Danilova que mais chama atenção aqui - mesmo quando ela entoa um cântico ininteligível como em "Ixode". Seus trinados sinistros assustam na mesma medida que fascinam.

Fator local: bom de ouvir em São José dos Ausentes, nunca em Balneário Camboriú.
Fator de proteção sonar: 60 (alto).

"Vessel": filtro verde-esmeralda. E frio.




Artista: Justice

O franceses Gaspard Augé e Xavier de Rosnay acabaram de lançar seu segundo e esperado álbum, Audio, Video, Disco. Tarefa ingrata depois da estréia absurda (Cross fica mais fácil), do longínquo 2007. Passaram no teste? Sim e não. Ouvindo com carinho, o disco não chega a decepcionar. Tem aqueles timbres embolorados semelhantes aos encontráveis em singles (já) clássicos como "Waters of Nazareth" (em "Parade"), mas a diferença é que o Justice agora não engaveta a maior quantidade de distorção possível por metro quadrado como fazia há quatro anos atrás. O foco parece estar num electro-rock setentista/progressivo, cheio de guitarras e que pouco tem a ver com a pista de dança, bicho! O que deixou o som meio sem graça, é verdade.

Fator local: leve uma cópia na mochila na sua viagem para São Tomé das Letras.
Fator de proteção sonar: 15 (baixo).

"Civilization": "_ Corram para as montanhas!"



terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Coverdose



Imagine a cena: você deitado numa rede na varanda de uma casinha a beira-mar, brisa suave, ondas quebrando, semi-sonolência. Que som estaria tocando? O verão é uma ótima desculpa pra escutar coisas que seus amigos modernos e descolados costumam torcer o nariz. Rock australiano dos 80 (GANGgajang, Hoodoo Gurus, Spy Vs. Spy), californianos de gosto duvidoso (Oingo Boingo, The Bangles, Smash Mouth) e reggae que os rastas mais ortodoxos amam odiar, como o UB40. Talvez a banda mais bem sucedida da história do gênero com mais de 70 milhões de cópias vendidas em mais de 30 anos de carreira, os ingleses de Birmingham são "acusados" de fazer reggae estritamente comercial, com o foco sempre direcionado aos lugares mais altos das paradas e de preferência apoiados em covers. Foi assim que a banda conseguiu a impressionante marca de 38 singles no Top 40 inglês, três deles no topo. E, adivinha? Três covers. "Red Red Wine" de 1983 (original de Neil Diamond), "I Got You Babe" de 1985, com Chrissie Hynde dos Pretenders duelando com o vocalista Ali Campbell (a dupla Sonny & Cher foi a responsável pela primeira gravação, de 1965) e "Can't Help Falling in Love" de 1993 (a versão anterior mais famosa cabe a Elvis Presley). OK, mas e daí? O UB40 tem seus méritos. Embora o reconhecimento da crítica pela qualidade do material esteja no começo da carreira da banda e a atenção do público depois disso, o consenso é de que ao menos discursos demagógicos vazios e clichês do tipo "Babilônia em chamas" não costumam encher a nossa paciência nos discos do grupo.



Corta pra 2010: Ali Campbell, o competente vocalista do UB40 pegou o boné e caiu fora em 2008 e agora cabe ao seu irmão mais velho, Duncan Campbell, assumir a nada fácil tarefa de substituí-lo no primeiro álbum da banda pós-Ali, o recém lançado "Labour Of Love IV", mais um volume da série iniciada em 1983 e composta por covers de canções originalmente lançadas por ídolos musicais do grupo. Duncan talvez não tenha o mesmo carisma, mas tem um timbre de voz muito parecido com o de seu irmão, então não deve ser problema. A parte instrumental também é OK, cozinha no lugar, metais polidos. Obviamente que esse é um projeto de altos e baixos, e no crime-mor do processo a banda reduz a pó o clássico soul "Tracks Of My Tears" de Smokey Robinson, com direito a auto-tune e tudo. A parte bacana está em faixas como "Holiday", obscuro rocksteady (o reggae pré-Bob Marley) de The Paragons. É do Paragons também a faixa "Man Next Door", a melhor de "Labour Of Love IV". Também retrabalhada pelo Massive Attack no álbum "Mezzanine" (com vocais do rasta Horace Andy), "Man Next Door" ganhou do UB40 um baixo que as suas caixinhas de som do computador não vão conseguir reproduzir, então não adianta falar muito a respeito. Dá pra dizer que os vocais vão pro espaço sideral aos três minutos e daí pra frente ela vira um dub com todos os ecos que o gênero pede. Se dizem que o reggae inglês é o único capaz de fazer frente ao da matriz jamaicana, o UB40 é minha banda favorita do estilo. Sem pregações, sem plantinha medicinal.

"Holiday":




"Man Next Door":