sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Tudo Dominado


Luciano Cardozo não para. Sua empreitada pra colocar o synthpop do seu Chanceller no mapa da eletrônica continua com o lançamento do single "Dommenation", primeiro de SynthElectroBass, álbum que a banda lança ainda este ano.
 

Referências sado-masô, trompete sintetizado apocalíptico... quem explica melhor "Dommenation" e pra onde vai o The Chanceller é o próprio Luciano:
 
Em quais formatos o single foi lançado?

CD, e mp3 (Maxi Single com 5 faixas). Pode-se comprar no Reverbnation, ou fazer download de graça do 128k no soundcloud. 50% do valor de uma faixa comprada, é doado para a ONG charity: water http://www.charitywater.org/, que trata de levar água potável às populações miseráveis da África.

Existe alguma execução em rádio ou algo parecido? De que maneira ele está sendo divulgado?

Sim, sim. Lumen FM, Mundo Livre FM (Curitiba), Antena Zero (SP)... também nos canais SoundCloud.com/Chanceller e no reverbnation : http://www.reverbnation.com/thechanceller
Nossa discografia completa e mini-extensa: http://www.lastfm.com.br/music/The+Chanceller/+albums Tem saído materias em jornais e algumas colunas tem recebido bem o single e dado espaço para esse estilo.

Com vocais filtrados e clima sombrio, "Dommenation" continua ameaçadora demais pro mainstream. Te interessa o mainstream?
 
Interessa. Claro. Se o mainstream significar levar minha música para o maior número de pessoas, isto é muito claro. Mas não faço uma música pensando no mainstream. Ela soaria falsa, fabricada, montada e descartável, e isso já tem bastante por aí. Todo mundo quer copiar alguém. No começo eu queria fazer música como o Depeche Mode e Erasure. Porra, lógico que nunca daria certo. Os caras são fodas, não dá para bater isso. Aí desencanei em tentar ser alguém e a minha música ficou um pouco melhor... (risos). Aprendi a aprender com os outros e absorver o que tinham de bom, mas não necessariamente fazer igual.

Mesmo com um álbum anterior tão recente (Painted In Black, lançado em Maio do ano passado), é possível dizer que o próximo disco vai apontar para outra direção no som do Chanceller?
 
Assim que lançamos o Painted In Black, eu já estava com milhares de idéias e algumas letras no bolso. E então, com todo o clima da tour que iniciamos e da sequência de shows (que eu não esperava que fossem tantos!), comecei a gravar as demos e ir trabalhando devagar. Eu queria fazer um trabalho mais sério, mais coeso, e mais pesado. Flertar com timbres mais agressivos e baixos mais nervosos... E quando vi, estávamos com 15 faixas já pré-produzidas. Chegou a sair um EP no ano passado pelo selo digital Shatten. Foi um EP de 5 faixas, Weird. Só instrumentais e faixas que certamente não caberiam no próximo álbum. Então, mixei usando uma técnica chamada Binaural Mixing, que tem um efeito de som 3D quando se ouve em fone de ouvido. Fantástico. O album está disponível aqui:
http://mofonovo.blogspot.com.br/2012/07/chanceller-weird-ep-2011.html
Então, resumindo (rá rá) a direção do Chanceller vai ser sempre o desafio de não se repetir, ser inovador, mas ao mesmo tempo, clássico. Eu sei, é pretensão. Mas sem pretensão, não há tesão... (risos).
 
Te preocupa soar datado com a música do Chanceller ou essa palavra não faz mais sentido depois de tantos revivals no pop recente?
 
Eu não gostaria de soar datado não. Ao menos, esta não é a intenção... (risos). Mas hoje em dia é difícil dizer. Todos usam sintetizadores hoje em dia. Virou moda. Se a música é boa e for datada, já nasce clássico... (risos).

O próximo disco sai pela Wave Records. Fale um pouco sobre o selo e porque tu achas importante que o álbum saia em formato físico também.
 
Se eu pudesse, lançava em vinil, cara! Sinto falta daquela parte da música que você sente, cheira, toca. No LP você tinha a capa, e dentro mais uma capa, encarte, depois o CD veio com livretos e tudo mais, a música tinha cara também. Hoje é tudo mp3. Acho chato. E a Wave tem uma proposta legal e apoia a cena. Vai distribuir nosso CD na Europa e no Brasil. Vai ser lançado no iTunes também, pelo selo catarinense Amplyart Music. É divertido ir conquistando os espaços...

O que mais te atrai na música eletrônica recente?
 
De artistas: Röyksopp, La Roux, Depeche Mode, Erasure, And One.
Na música em geral, como artista, as infinitas possibilidades de timbres. Fico louco quando descubro um synth novo. Isso me faz querer fazer música todos os dias.
 
Pra onde vai a música eletrônica, ou o synthpop, especificamente?
 
Acho que em todo lugar tem alguém fazendo música eletrônica e o synthpop está cada vez mais inserido na música mais pop. Lógico que ainda resta aquela vertente do synth europeu, que sempre vai soar mais dark, mais densa, mais pesada e com vocais duvidosos, hahahaha...


"Dommenation":


3 comentários:

  1. Amei...adorei...bom de mais...parabéns... Bjus

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  2. Até que enfim! Musica inteligente e boa. E brasileira!
    Longa vida ao chanceler

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  3. Hahahahaha continue pesado e pretensioso mesmo! Tem que meter a cara e apostar em si!
    Sucesso e que as rádios brasileiras voltem a tocar música de qualidade NOW!
    Beijos

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