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segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Lose Yourself to Dance



Três anos depois de um álbum mediano (Born in the Echoes, 2015) e de um single muito abaixo da média da própria produção da dupla ("C-h-e-m-i-c-a-l", 2016), Tom Rowlands e Ed Simons - os Chemical Brothers - voltam com a animadora "Free Yourself", lançada no finalzinho de Setembro. Com arpejos psicodélicos, um bassline retrô que vai fazer os alto-falantes trabalharem com vontade e uma letra despejada como palavras de ordem ("Free yourself, free yourself / Free yourself, free me, dance / Free yourself, help to free me, free us / Free yourself, dance"), a música deve ganhar fácil as pistas de dança, mas estou curioso pra ver a performance nos paradões. Primeiro pra sentir se a popularidade do duo chega perto do que era na segunda metade dos 90 e também porque o último single que beliscou o Top 10 na Inglaterra foi "Galvanize" (do álbum Push the Button), número 3 na UK Singles Chart em Novembro de 2004. 


"Free Yourself": exclusivamente para as pistas.

domingo, 23 de setembro de 2018

Bombom Dançante


Quem diria que da pequena Moldávia viria a canção pop que me arrebatou mais rapidamente neste 2018? O autor do feito é o produtor e compositor Ion Chirinciuc, que assina como Vanotek desde 2015, ano de seu debut, o single "My Heart Is Gone". Extremamente pop, Ion foi lapidando seu som single após single até chegar no bombom dançante de "Back To Me", lançado em Fevereiro deste ano. Com os vocais cristalinos e emotivos da romena Eneli (Ileana-Maria Popescu, cantora e compositora, de 21 anos), a faixa tem uma sessão de cordas discreta e eficiente, cama perfeita para o refrão certeiro. O sax incisivo é o gancho-cereja, que costura as estrofes e gruda na memória tanto quanto o de "All That She Wants" grudou aos milhares em 1992. Vanotek grava pelo selo romeno Global Records, e, além dos singles, já tem um álbum lançado (No Sleep, do ano passado).


"Back To Me": pop acessível made in Moldova.

quarta-feira, 2 de maio de 2018

Tio Aldo


O nome Aldo, The Band já tinha aparecido em algum momento na tela do meu note, mas se eu ouvi o grupo paulistano de 2013 (quando lançaram o primeiro disco, Is Love) pra cá, devo ter escolhido a(s) faixa(s) errada(s), porque passou batido. Pensei que deveria ter, entretanto, um bom motivo pro Radiohead em pessoa (haha) escolher o Aldo pra abrir seus shows recentemente aqui no Brasil (junto com Junun e Flying Lotus) e isso acabou reativando meu interesse/curiosidade. Pesquisa aqui, baixa ali e o saldo é positivo. As faixas detestáveis ("Hold Me Back, Insane") estão em número menor, comparando com as adoráveis, como "Unbreakable", "Liquid Metal" e essa "Trembling Eyelids" - single lançado dia 20 de Abril que fará parte do terceiro álbum do grupo. Com slapadas de baixo, synths trôpegos, vocais sonolentos (no bom sentido) e batida hipnótica, "Trembling Eyelids" é uma ótima canção. E o Aldo, pode ficar tranquilamente na mesma prateleira de CDs (ou na mesma pasta de arquivos) de Holy Ghost!, The Rapture e Jagwar Ma, sem nenhum complexo de inferioridade. Muito pelo contrário.

"Trembling Eyelids": consolidação ou promessa? 

terça-feira, 24 de abril de 2018

04:20


Mais surpreendente do que saber que Shaggy e Sting gravaram um álbum juntos é ouvir o primeiro single, "Don't Make Me Wait" e acreditar que a supostamente inusitada parceria já valeu a pena, só por esse lindo pedaço de reggae pop, cujo vídeo saiu em Fevereiro. O reggae - junto com o punk e o jazz - foi uma das bases para o rock econômico e preciso do Police de Sting e o jamaicano Shaggy formou-se nos sound systems e estourou seu dancehall no mundo inteiro em 2000, com o multiplatinado álbum Hot Shot. O disco da dupla, 44/876 (título relativo aos códigos telefônicos do Reino Unido e da Jamaica) acabou de sair (a referência não poderia ser mais esperta: foi lançado dia 20/04, ou, na gringa, 04:20) e agora é descobrir se tem mais alguma coisa tão boa quanto "Don't Make Me Wait".

"Don't Make Me Wait": já é.

quarta-feira, 4 de abril de 2018

Mea Culpa


Só fui conhecer a cantora, atriz e modelo neozelandesa Kimbra em 2012 por causa do multi platinado single "Somebody That I Used to Know", que ela gravou com o belga esquisitão Gotye - um ano antes ela havia debutado com o elogiado Vows. Passei batido. Assim como também nem fiquei sabendo do segundo disco, The Golden Echo, de 2014. Nesse meio tempo, se ouvi alguma coisa da guria, entrou aqui e saiu aqui (aponta os indicadores para as orelhas). Bom, ela acabou de lançar "Like They Do On The TV", o quinto (!) single do seu novo álbum, Primal Heart, que sai no final de Abril. Esse disco não pretendo perder, porque "Like They Do On The TV" me pegou já nos primeiros 30 segundos (fora o que ela é gata).

"Like They Do On The TV": finalmente ela acertou no corte de cabelo.

segunda-feira, 26 de março de 2018

Breath Again


Me senti em 1994. Quatro anos sem disco novo (ano passado ela lançou a ótima "Deadwood" - que está em Sex & Cigarettes, novo álbum da diva R&B que saiu semana passada) e Toni Braxton volta com um single desses. Baita canção. Entre um sussurro e outro e os backing sexy ela solta até os "uh" característicos. Suave e dançável. Ela continua a mesma de 1994. E isso é ótimo.

"Long As I Live": breath again.

domingo, 25 de março de 2018

Caras Novas: Demuja


Com um background que inclui atividades como baterista e dançarino de break, o austríaco Bernhard Weiss, a.k.a. Demuja, descobriu a discotecagem e em seguida, a produção de sua própria música, por volta de 2010. Lançando seus singles por selos como o norueguês Uncut House Records, o americano Nervous Records e o italiano Traxx Underground, em 2016 Demuja criou seu próprio selo, MUJA, por onde saíram três EPs até agora.

Fã de vinil e reclamando para si influências que vão de artistas de house music (Kerri Chandler, Moodymann), jazz (Herbie Hancock, Miles Davis), hip-hop (Mos Def, Wu-Tang Clan) e diretores como Quentin Tarantino, seu lançamento mais recente é o EP Turn Around (realizado no final de Março pela gravadora alemã Toy Tonics) e inclui quatro faixas de house em estado bruto, sem muito polimento. Com samples irreconhecíveis (pra mim, ao menos), timbres macios de teclados e um modus operandi french touch, Turn Around solidifica a promissora carreira de Demuja.

Turn Around: inteiro no Bandcamp.


Ouça outros singles e EPs no perfil do artista do Bandcamp.

segunda-feira, 12 de março de 2018

Fazendo Por Merecer


Mais uma faixa especialmente bem feita dos australianos do Flight Facilities, o novo single "Need You" (com vocais da neozelandesa NÏKA), não deve ir muito além dos pendrives de DJs de clubes alternativos minúsculos. Entenda: deveria ir longe. É um pop dançável tão bem acabado que merecia chegar num público realmente grande. Não me pergunte como. Mas que a música é muito, muito legal, é.


O hilário vídeo de "Need You": Schwarzenegger em algum lugar dos 70, procurando sua cara-metade.

quinta-feira, 8 de março de 2018

Esquisitice Que Compensa


Na visão oblíqua do locaço DJ Koze, isso é uma dance track. O DJ e produtor alemão (um dos chefões da prestigiada gravadora Pampa Records) convidou a irlandesa Róisín Murphy (ex-cantora do Moloko) pros vocais de "Illumination" e perpetrou uma das faixas mais interessantes do período, techno-funky com um loop interminável de guitarra e baixíssimas frequências sustentando a melodia. Um lançamento bem ao gosto do seu selo. A canção vai estar em knock knock (assim mesmo, em minúsculas), próximo álbum de Koze, previsto pro começo de Maio.

"Illumination": Murphy e Koze afiados.

terça-feira, 6 de março de 2018

Dragão Amigo


Onde foi que os suecos do Little Dragon erraram, mesmo? A banda já enfileirou (desde o meio dos anos 2000) uma pá de grandes canções, bons álbuns, indicação pro Grammy, a vocalista Yukimi Nagano já gravou com SBTRKT, DJ Shadow e Kaytranada e então, o que faltou pra banda realmente estourar? O novo single, "Best Friends" continua a saga dos escandinavos e é, possivelmente, a canção pop da semana. Refrão perfeito, instrumental inventivo, tudo absolutamente no lugar certo. Talentosíssimos.

"Best Friends": os melhores três minutos e meio da semana.

domingo, 4 de março de 2018

Back On The Rails


The National eu acho chato pra cacete, mas até que o vocalista da banda, Matt Berninger, não conseguiu estragar a bela "My Enemy", nova do Chvrches. Pop de sintetizador com aquela carga de dramaticidade de plástico que poderia estar na trilha de qualquer filme do John Hughes. "My Enemy" é uma canção bem melhor que "Get Out", lançada mês passado, e é outra faixa que estará em Love Is Dead, próximo álbum do trio escocês cuja data de lançamento foi revelada semana passada: 25 de Maio.


"My Enemy": o bom synthpop nos trilhos, novamente.

quinta-feira, 1 de março de 2018

Digigrams


Excelente a música nova do duo alemão Digitalism, "Holograms". A faixa vai estar no seu próximo EP, Zdar C1u6 (Star Club), programado para o final de Março. Com vocais de Jens "Jence" Moelle (o da esquerda, na foto), "Holograms" é um paredão de sintetizadores emoldurado por pinceladas de timbres devastadores, mas não é um single exatamente direcionado para as pistas (como, você lembra, o hitaço "Zdarlight"). O BPM é baixo, mas o refrão ganha em euforia. Demais.

"Holograms": 80's feelings.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Mais e Melhores Synths


Os islandeses do GusGus começaram como um octeto, que reduziu-se a um trio, depois uma dupla. Era de se esperar que a banda perdesse em diversidade (como a encontrável no impressionante Polydistortion, um dos melhores álbuns de eletrônica dos anos 90) ou que caísse na mesmice sintética por conta da falta de gente como as talentosas cantoras Emilíana Torrini ou Hafdís Huld, não? Não. A cada ano, o duo remanescente, Daniel Ágúst Haraldsson (produção e vocais) e Birgir Þórarinsson (a.k.a. Biggi Veira, sintetizadores, produção) volta melhor e cheio de novidades, oferecendo uma coleção de canções que ainda justifica plenamente o lançamento de um álbum, como esse incrível Lies Are More Flexible, o décimo da banda, lançado dia 23 de Fevereiro pelo selo do grupo, Oroom.

Com os vocais cristalinos de Ágúst desfilando elegantemente em meio a timbres de teclado grandiosos, algo celestiais; brigando por espaço com os ruídos cirurgicamente incorporados a estrutura da lindíssima progressive "Fireworks" ou duelando com os basslines violentos que ditam o ritmo em quase todo o disco, o GusGus continua muito acima da média no quesito manipulação de sons, vide a sugestão de climas e imagens cinematográficas com os sintetizadores que planam ameaçadoramente sobre as paisagens gélidas da Islândia em faixas instrumentais como a downtempo "No Manual" e a ambient techno épica "Fuel".

A fantástica progressão de acordes e arpejos na disco sintética "Lies Are More Flexible" (Giorgio Moroder certamente vai se orgulhar quando e se ouvir), os geniais movimentos repentinos de cordas combinados com arranhões de som cortados e ritmados com o BPM baixo de "Don't Know How to Love", a puramente dançante "Lifetime" (com todas as variações possíveis em cima do mesmo riff de teclado) e a arrepiante abertura "Featherlight" completam um disco em que nada está fora do lugar, inclusive o breve interlúdio de 48 segundos "Towards a Storm", que faz a passagem entre "No Manual" e "Fuel", já no final do álbum. Oito faixas em quarenta minutos absolutamente indispensáveis.

Em tempos de emburrecimento, apatia e redundância na cena dance/eletrônica, o GusGus é um milagre da tecnologia. 

"Featherlight": um dos oito acertos do GusGus no novo álbum.

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Caras Novas: Bobby Nourmand


Nascido em Los Angeles, o multi-instrumentista e DJ Bobby Nourmand viveu por dez anos em Nova Iorque, onde decidiu que deveria produzir sua própria música. Citando o White Album dos Beatles, Sasha e John Digweed como influências, a house promissora de Nourmand (já) é reconhecível a distância: seus mastodônticos basslines vem em primeiro plano, acompanhados de vocais que transitam entre rap, soul e rock, com teclados e efeitos econômicos e um verniz deep dando o acabamento no trabalho. Dance enxuta, eficiente e linda de se ouvir.

"Mind":



O lançamento mais recente de Nourmand é o single "Prisoner" (saiu no final de Janeiro), com vocais arrepiantes do cantor de Antígua e Barbuda (agora baseado em Londres), Laurent John. Olho nele.

Soundcloud: https://soundcloud.com/bobbynourmand
"Prisoner":





domingo, 11 de fevereiro de 2018

Arrebatamento


Single novo de James Blake que apareceu no final de Janeiro no Youtube, "If The Car Beside You Moves Ahead" continua a saga do cantor inglês que escreve soul torto sob batidas certas para a geração pós-dubstep. Na faixa, Blake explora sua voz das maneiras mais variadas possíveis: repetindo, alterando a velocidade, aproveitando os ruídos da respiração e até cantando, do jeito mais lúgubre que ele pode conceber. Com um vídeo tão instigante e sombrio quanto a música, "If The Car Beside You Moves Ahead" tem uma letra enigmática e de difícil compreensão, potencializada pelos recortes e colagens a que é submetida. O resultado é arrebatador.

"If The Car Beside You Moves Ahead": James Blake em plena forma.

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Bruxa à Solta


Por onde andava a Witch House? Com alguns nomes curiosos e/ou engraçados (Gvcci HvcciGuMMy†Be▲R!oOoOO), algumas coisas realmente interessantes (SalemClams Cassino), temática ocultista, eletrônica e batidas arrastadas, o (sub)gênero parece ter sumido com a mesma velocidade que ascendeu (lá por 2009/2010). Mas deixou alguns vestígios, como o misterioso (esconder o próprio rosto parece ser outra característica dos produtores de witch house) e impronunciável GVLVXY ("galaxy", dá pra sacar no primeiro sample de voz que aparece). Não sei quem é, de onde vem, como vive, nem do que se alimenta, mas sua "Ashia" apareceu agora no comecinho do ano e me fez voltar uns sete anos no tempo - e é uma nostalgia boa de sentir, porque a música é bacana: instrumental curiosamente tageado como electro na página do Soundcloud, mas que vem com aquele mesmo beat lento e seco, bumbos gravíssimos, clima fúnebre e samples vocais tensos. Bem-vinda a 2018, bruxa.


 
"Ashia": de volta à floresta.

domingo, 14 de janeiro de 2018

Melhores de 2017 - Músicas


Minha lista de músicas preferidas de 2017 é composta por dez faixas bem distintas entre si. O ponto aqui não é se uma música é melhor que a outra; a ordem da listagem diz respeito somente ao que eu mais gostei, simples assim. Os títulos que estão em vermelho levam pro post da canção. Tem pop, drum'n'bass, R&B, synthpop, funk, indie... mas todas com pelo menos um dos três ingredientes em sua receita: são dançáveis, tem groove ou tem algum elemento forte de eletrônica. Exatamente do que o blog trata. Eis:

1) "Holding On" > The War On Drugs



2) "Havana" > Camila Cabello



4) "The Mirrored River" > Goldie



10) "Pop Voodoo" > Black Grape

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Dance Ferdinand


 Sensacional o novo single dos escoceses do Franz Ferdinand, "Feel The Love Go". Com uma relação estreita com as pistas de dança desde sempre, a banda de Alex Kapranos retorna com uma faixa na medida para os clubes menos cafonas: com uma introdução de sintetizadores elásticos, a canção explode em guitarras, hi-hats disco e um refrão memorável em menos de um minuto, pra encerrar com um solo de saxofone eufórico, que beira o improviso. A música vai estar em Always Ascending, novo álbum do grupo, que sai em 9 de Fevereiro


"Feel The Love Go": energia, eletrônica e saxofone.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Future Funk


Me admirei - muito - ao ouvir "Filthy", o primeiro single do novo álbum de Justin Timberlake, Man of the Woods (lançamento programado pra 02 de Fevereiro). Produzido pelo próprio Timberlake mais o parceiro de sempre Timbaland e o produtor Danja, "Filthy" é um funk cibernético corpulento e futurista, junta R&B e electro sob um baixo paquidérmico e um rolo compressor de efeitos, não facilita as coisas com as saídas mais fáceis do pop urdido por gente que dá as cartas atualmente como Dr. Luke e Max Martin e, mesmo assim, é totalmente digerível. Tão assombroso quanto a música é o vídeo elaborado para "Filthy", logo abaixo. Renovador e impressionante.


"Filthy": Justin rumo ao topo.

sábado, 25 de novembro de 2017

Supra Sumo



O Shalamar, projeto formado em 1977 e responsável por clássicos do sacolejo como "A Night To Remember" e "I Can Make You Feel Good", virou o RPM do soul americano: já acabou e voltou umas três vezes. Sua encarnação 2017 acaba de lançar single novo, o maravilhoso "The Real Thing". Com várias trocas na formação, o grupo hoje é o trio Jeffrey Daniel, Howard Hewett e Carolyn Griffey (filha da cantora Carrie Lucas). "The Real Thing" é um lindo pedaço de R&B atemporal; dançável, melódico e com harmonias vocais lapidadas à perfeição. 


"The Real Thing": ouro puro.